Texto em uso entre os MSC
Primeiro dia
D. Senhor Jesus, eis-nos aqui, diante do mistério do teu Coração. Queremos, neste momento descobrir, através da tua palavra, quem tu és e o que esperas de nós. Desse modo ao contemplarmos que sentimentos animavam o teu Coração ao longo de tua vida nesta terra, entenderemos que o teu modo de pensar, de sentir, de amar e de se comportar, são modelos que devemos seguir. Somente assim teremos vida e vida em abundância. Revela-nos tua face, Senhor, Tu, que és Deus que tem coração!
T. “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.” (Jo 3, 16-17)
D. Esta frase do Evangelho de João capta o sentido da misteriosa comunicação entre o Coração de Deus e a humanidade. Deus é amor e, por isso mesmo, manteve contato conosco desde o princípio dos tempos. Seu plano original, simbolizado pelo Jardim do Éden, era o de alegria e vida para todos, em regime de fraternidade e união. Mas, como seu amor nos deixou livres, tínhamos a possibilidade de rejeitar esse projeto. E de fato, isso realmente aconteceu. Com efeito, houve muitos desencontros entre a nossa vontade e a vontade dele. Mas Deus não desistiu de nós. É próprio de quem ama ser insistente. Desse modo, na plenitude dos tempos, Deus nos visitou através da pessoa de Jesus Cristo, o Amor feito homem. No Coração de Maria, que recebe Jesus, finalmente vemos a vontade de Deus se afinar com a vontade humana. Diante do Anjo Gabriel Maria disse: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Nesse momento, o amor do Coração de Deus foi plenamente correspondido nas batidas do Coração de Maria. Ela é uma nova Eva, que nos abre o Paraíso já aqui na terra, ao nos ensinar a fazer tudo o que o Filho mandar.
T. Senhor Jesus Cristo, te louvamos e te agradecemos pelo teu amor. Nas profundidades do teu Coração adoras ao Pai Eterno, de quem vens como Filho, e de quem recebes nova vida no Espírito. Une o nosso coração ao teu para que possamos adorar ao Pai, que fez de nós uma nova criação, através de teu Espírito. Amém.
D. Neste primeiro dia da novena, contemplamos o mistério do amor de Deus que nos ama gratuitamente. Deus que vem a nós, não para condenar, mas para perdoar e salvar. Cada respiração, cada batida do nosso coração é um sinal de seu amor para cada um de nós. Vamos reservar, hoje, um tempo do nosso dia para observar a infinidade de coisas boas que nos aconteceram desde o momento em que acordamos: ter um lugar para morar, ter o que comer, ter como se vestir, ter saúde, etc. Vamos agradecer por todas essas bênçãos e peçamos a Deus a graça de sermos pessoas mais agradecidas. “Gratidão” é a palavra do dia.
− Reza-se a oração “Jesus, manso e humilde de Coração”, do Pe. Chevalier.
− Em seguida, reza-se:
D. Jesus, manso e humilde de Coração,
T. fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Segundo dia
D. Senhor Jesus, eis-nos aqui, diante do mistério do teu Coração. Queremos, neste momento descobrir, através da tua palavra, quem tu és e o que esperas de nós. Desse modo ao contemplarmos que sentimentos animavam o teu Coração ao longo de tua vida nesta terra, entenderemos que o teu modo de pensar, de sentir, de amar e de se comportar, são modelos que devemos seguir. Somente assim teremos vida e vida em abundância. Revela-nos tua face, Senhor, Tu, que és Deus que tem coração!
T. “O anjo disse aos pastores: "Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo!” (Lc 2,10)
D. Na narrativa do nascimento de Jesus, conforme ouvimos nos Evangelhos, podemos nos dar conta de que o Coração de Jesus está sempre cheio de uma especial ternura e atenção para com os pobres. Para isso, basta observar que ele nasceu em uma manjedoura. Mas também podemos contemplar sua profunda solidariedade com aqueles que são marginalizados e considerados sem importância (ele não encontrou lugar na hospedaria), a sua acolhida para com aqueles que são discriminados qualquer motivo (acolheu os pastores), o seu modo de ser luz para os que estão buscando um sentido para vida (a estrela que guiou os magos) e o seu companheirismo com
aqueles que são forçados a se tornar refugiados (ele precisou exilar-se no Egito). O Coração de Deus bate com amor por todas as pessoas que padecem e as circunstâncias do seu nascimento mostram-nos a sua extrema solidariedade para com todos os sofredores.
T: Senhor Jesus Cristo, Tu nos revelaste o Pai de Compaixão e o Deus de toda ternura. Teu coração sempre se enchia de misericórdia diante dos doentes, dos famintos, dos cegos, dos marginalizados, dos perdidos. Reveste-nos com os sentimentos do teu coração, com a tua misericórdia e bondade, para que nós também possamos ajudar generosamente todos aqueles que não podem retribuir o bem que lhe fizermos. Amém.
D. Neste segundo dia da novena, abramos os nossos ouvidos e os nossos corações às vozes dos sofredores que nos cercam. Vamos tentar simplesmente ouvir quem está perto de nós, sem julgamentos ou soluções, nos colocando no lugar deles e tentando compreendê-los misericordiosamente. “Empatia” é a palavra do dia.
− Reza-se a oração “Jesus, manso e humilde de Coração”, do Pe. Chevalier.
− Em seguida, reza-se:
D. Jesus, manso e humilde de Coração,
T. fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Terceiro dia
D. Senhor Jesus, eis-nos aqui, diante do mistério do teu Coração. Queremos, neste momento descobrir, através da tua palavra, quem tu és e o que esperas de nós. Desse modo ao contemplarmos que sentimentos animavam o teu Coração ao longo de tua vida nesta terra, entenderemos que o teu modo de pensar, de sentir, de amar e de se comportar, são modelos que devemos seguir. Somente assim teremos vida e vida em abundância. Revela-nos tua face, Senhor, Tu, que és Deus que tem coração!
T. "Respondeu-lhes ele: “Por que me procuravam? Não sabiam que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?”. Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera. Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era obediente. Sua mãe guardava todas essas coisas no seu coração." (Lc 2,48-51)
D. Esta frase do Evangelho segundo Lucas nos ensina que escutar é um jeito de amar; Jesus escuta o seu Pai do céu, mas também escuta Maria, sua mãe. Isso nos mostra que havia no Coração do jovem Jesus um profundo desejo de união com o Pai, mas também com a sua família humana. Escutava porque amava. Quando na Bíblia ouvimos falar em obediência, devemos entender o termo nessa perspectiva, e não como uma “submissão cega”. Obedecer significa “ouvir amorosamente”, isto é, colocar em prática o que ouvimos, por saber que aquilo que nos é indicado visa o nosso bem. Era desse modo que Jesus ouvia e obedecia. O Coração de Jesus ouvia a voz do Pai dentro si, mas também em sua família e em cada um dos corações daqueles que o acompanharam em sua viagem de volta para casa.
T. Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus que tu derramaste em nossos corações abre em nós a possibilidade de obedecer por amor, sem perder nossa liberdade, mas tornando-a ainda mais plena. Dá-nos teu Espírito para que possamos conhecer este dom que ultrapassa todo conhecimento: o mistério de nos colocarmos livremente no desafiador caminho do amor. Amém.
D: Hoje vamos tentar separar um momento para oração pessoal, tentando discernir a voz de Deus onde ele se revela: na Bíblia, nas pessoas que nos cercam, nos fatos da vida. Vamos tentar ouvir a voz de Deus e seguir o que o Pai nos indica, para que possamos nos tornar a pessoa que Ele sonha que nós sejamos. “Oração” é a palavra do dia.
− Reza-se a oração “Jesus, manso e humilde de Coração”, do Pe. Chevalier.
− Em seguida, reza-se:
D. Jesus, manso e humilde de Coração,
T. fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Quarto dia
D. Senhor Jesus, eis-nos aqui, diante do mistério do teu Coração. Queremos, neste momento descobrir, através da tua palavra, quem tu és e o que esperas de nós. Desse modo ao contemplarmos que sentimentos animavam o teu Coração ao longo de tua vida nesta terra, entenderemos que o teu modo de pensar, de sentir, de amar e de se comportar, são modelos que devemos seguir. Somente assim teremos vida e vida em abundância. Revela-nos tua face, Senhor, Tu, que és Deus que tem coração!
T. "E o Espírito Santo desceu sobre Jesus em forma corpórea, como uma pomba; e veio do céu uma voz: “Tu és o meu Filho bem-amado; em ti ponho minha afeição" (Lc 3,22)
D. Neste texto do Evangelho segundo Lucas, somos convidados a nos dar conta de que Deus “põe a sua afeição” não apenas em Jesus, mas também em cada um de nós. Através do nosso nascimento e do nosso batismo Ele nos chamou a sermos os embaixadores de seu amor. Deus criou a cada um de nós à sua imagem e semelhança e vê a bondade em nossos corações. Ele conta conosco e nos convida a crer em seu amor.
T. Senhor Jesus Cristo, em ti a bondade e a ternura de Deus nosso salvador aparecem maravilhosamente. Em ti o Pai nos ama. Através de ti o Pai nos deu o Espírito Santo, que nos garante vida plena. Contigo nós agradecemos ao Pai que nos sustenta com toda sorte de benção espiritual dos céus. Amém.
D. O batismo de Jesus foi o começo da sua vida pública. Quais são os dons e talentos que Deus nos concedeu para servir aos outros? Hoje vamos pedir Deus que nos livre da tentação de pensar que não temos nada a oferecer. “Servir” é a palavra do dia.
− Reza-se a oração “Jesus, manso e humilde de Coração”, do Pe. Chevalier.
− Em seguida, reza-se:
D. Jesus, manso e humilde de Coração,
T. fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Quinto dia
D. Senhor Jesus, eis-nos aqui, diante do mistério do teu Coração. Queremos, neste momento descobrir, através da tua palavra, quem tu és e o que esperas de nós. Desse modo ao contemplarmos que sentimentos animavam o teu Coração ao longo de tua vida nesta terra, entenderemos que o teu modo de pensar, de sentir, de amar e de se comportar, são modelos que devemos seguir. Somente assim teremos vida e vida em abundância. Revela-nos tua face, Senhor, Tu, que és Deus que tem coração!
T. "Vocês sabem como tudo isso aconteceu na Judeia, depois de ter começado na Galileia, após o batismo que João pregou. Vocês sabem como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com o poder, como ele andou fazendo o bem e curando todos os oprimidos do demônio, porque Deus estava com ele." (At 10,37-38)
D. Este texto catequético, tirado do livro dos Atos dos Apóstolos, nos dá um sumário do ministério amoroso de Jesus. O Evangelho está recheado com histórias de cura, de perdão e de acolhida a todos aquelas pessoas que eram marginalizadas e abandonadas; Jesus sempre toca esses corações. Entretanto, é interessante notar que ele não demonstrava querer que se operasse apenas uma cura física, mas uma cura integral destas pessoas. Quando os nossos corações estão feridos por desilusões, perdas, dor ou por qualquer outra razão, podemos ter sempre a certeza de que Deus está próximo de nós. Ele se importa conosco, está perto de nós para nos cercar de ternura, e nos
aponta o caminho de uma nova existência, pautada na misericórdia. Ele é o Bom Pastor que nunca nos abandona.
T. Senhor Jesus Cristo, tu nos convidas a confiar em ti, e a te buscar sempre que nos sentirmos cansados e fatigados sob o peso de nossas cruzes. Junto a ti poderemos aprender a ser mansos e humildes de coração e a amar a todos como tu nos amas. A tua presença ressuscitada nos fortalece com o poder do Espírito. Dá-nos tudo aquilo que precisamos em nosso esforço por te seguir, hoje e sempre. Amém.
D. Este dia pode ser uma excelente ocasião para revisitar o tema das “obras de misericórdia” e para se desafiar as vive-las. Que tal hoje, de uma maneira muito prática, vivermos o amor sem esperar nada em troca? Alimentar os famintos, ensinar quem não sabe, visitar os doentes etc. Há muitas chagas no nosso tempo que precisam do remédio da compaixão. “Generosidade” é a palavra do dia.
− Reza-se a oração “Jesus, manso e humilde de Coração”, do Pe. Chevalier.
− Em seguida, reza-se:
D. Jesus, manso e humilde de Coração,
T. fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Sexto dia
D. Senhor Jesus, eis-nos aqui, diante do mistério do teu Coração. Queremos, neste momento descobrir, através da tua palavra, quem tu és e o que esperas de nós. Desse modo ao contemplarmos que sentimentos animavam o teu Coração ao longo de tua vida nesta terra, entenderemos que o teu modo de pensar, de sentir, de amar e de se comportar, são modelos que devemos seguir. Somente assim teremos vida e vida em abundância. Revela-nos tua face, Senhor, Tu, que és Deus que tem coração!
T."Então Jesus lhes disse: "Minha alma está triste até a morte". Fiquem aqui e vigiem comigo". (Mt 26, 38)
D. Este texto do Evangelho segundo Mateus nos faz perceber que o Coração de Jesus conhece bem os nossos medos, frustrações, abandonos, questionamentos a respeito de Deus e de nós mesmos. Às vezes, a maior solidão que existe é a de estar rodeado de pessoas, mas, ainda assim, sentir que ninguém se importa com o nosso sofrimento. Mesmo que algum dia possamos vir a sentir isso, não nos esqueçamos: o Coração de Deus conhece a realidade da nossa solidão e não fica indiferente à nossa dor.
T: Senhor Jesus Cristo, Tu te fizeste obediente até a morte e morte de cruz. Dá-nos a graça de te seguir aonde quer que tu vás, tentando em tudo pensar como pensaste, sentir como sentiste, viver como viveste. Que nós possamos descobrir as profundezas de teu coração, agora e para sempre. Amém.
D. Há muita gente solitária no mundo. Às vezes, bem perto de nós podemos encontrar alguém nessa situação. Hoje vamos fazer um esforço consciente de estar junto a alguém em seu sofrimento. “Con-solar”, isto é, “estar com o que está só”, esta é a palavra do dia.
− Reza-se a oração “Jesus, manso e humilde de Coração”, do Pe. Chevalier.
− Em seguida, reza-se:
D. Jesus, manso e humilde de Coração,
T. fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Sétimo dia
D. Senhor Jesus, eis-nos aqui, diante do mistério do teu Coração. Queremos, neste momento descobrir, através da tua palavra, quem tu és e o que esperas de nós. Desse modo ao
contemplarmos que sentimentos animavam o teu Coração ao longo de tua vida nesta terra, entenderemos que o teu modo de pensar, de sentir, de amar e de se comportar, são modelos que devemos seguir. Somente assim teremos vida e vida em abundância. Revela-nos tua face, Senhor, Tu, que és Deus que tem coração!
T. "Ao ouvir o que Jesus tinha dito, um dos guardas presentes deu-lhe uma bofetada, dizendo: “É assim que respondes ao sumo sacerdote?”. Replicou-lhe Jesus: “Se falei mal, prova-o, mas se falei bem, por que me bates?”." (Jo 18,22-23)
D. Neste texto, retirado do relato da Paixão do Senhor, podemos ver o Coração de Deus que, ao sofrer injustamente, se coloca na mesma condição de todos os injustiçados e injustiçadas de nossa Terra. A tirania, a truculência, o abuso do poder continuam a existir. Jesus conhece o sofrimento daqueles que não conseguem pagar por uma defesa adequada em um tribunal, como também conhece a dor daqueles que foram presos por motivos de preconceito ou ódio, que são torturados e mortos por causa de suas crenças, ou que precisam deixar sua pátria por motivos de violência, pobreza ou injustiça política. O Senhor conheceu profundamente em seu coração humano este mesmo sofrimento que aflige hoje tantas pessoas no mundo.
T: Senhor Jesus Cristo, compreendemos que tua paixão ainda não terminou. Em cada irmão ou irmã que sofre, tu sofres neles. Contudo, ao contemplarmos a tua paixão, aprendemos com tua postura a nunca respondermos violência com mais violência. No dia do teu nascimento os anjos proclamaram a paz a toda a humanidade. Na tua última ceia, antes de padecer a prisão, a tortura e a cruz, tu desejaste a paz a todos, e, depois de vencer a morte, novamente ofereceste a paz como primeiro dom da tua Ressurreição. Ensina-nos a nunca nos calarmos diante da injustiça, mas sempre sendo instrumentos de tua paz. Amém.
D: Observe com atenção as pessoas nos lugares onde você vive, trabalha ou estuda. Você percebe que há alguma injustiça que precisa ser reparada? O que você pode fazer para remediar esta situação? “Reparação”. Esta é a palavra do dia.
− Reza-se a oração “Jesus, manso e humilde de Coração”, do Pe. Chevalier.
− Em seguida, reza-se:
D. Jesus, manso e humilde de Coração,
T. fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Oitavo dia
D. Senhor Jesus, eis-nos aqui, diante do mistério do teu Coração. Queremos, neste momento descobrir, através da tua palavra, quem tu és e o que esperas de nós. Desse modo ao contemplarmos que sentimentos animavam o teu Coração ao longo de tua vida nesta terra, entenderemos que o teu modo de pensar, de sentir, de amar e de se comportar, são modelos que devemos seguir. Somente assim teremos vida e vida em abundância. Revela-nos tua face, Senhor, Tu, que és Deus que tem coração!
T."Então Jesus disse: "Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem". (Lc 23,24)
D. Este versículo é retirado do relato da Paixão de Jesus, do momento em que foi crucificado entre outros condenados, vítima de toda zombaria dos soldados e do sarcasmo dos que rodeavam a cruz. Como se não bastasse, somou-se a isso o fato de que a maioria das pessoas que eram importantes para Jesus estavam distantes dele naquela hora. O Senhor, portanto, conheceu o quão difícil pode ser não receber nenhum apoio nos momentos em que mais precisamos. Nos momentos mais terríveis de desespero e solidão, quando perdemos a fé até em nós mesmos, quando não encontramos respostas para nossas angústias, somos convidados a nos colocar aos pés da cruz e percebermos que o Cristo se irmana a nós no sofrimento. Em nossa dor, pode ser que às vezes Deus não nos dê as respostas que queremos. Entretanto, ele mesmo se faz resposta, e nos apresenta seus braços e corações abertos para nos acolher. Diante das dores que outras pessoas nos
causaram, podemos deixar que as palavras do Coração de Jesus crucificado possam descer aos nossos corações, e assim conheceremos a liberdade de sermos perdoados e de perdoar.
T: Bendito sejas tu, Cristo nosso salvador. Tu nos amas a cada um de nós com toda ternura do Bom Pastor, com um amor tão grande que é capaz de dar a própria vida. O teu coração transpassado no Calvário revela as profundezas do teu amor pelo Pai e por toda a humanidade que tu salvaste. Dá-nos a graça de aprendermos a perdoar, e de nunca responder o mal com o mal. Amém.
D: Talvez nós tenhamos experimentado alguma frustração em nossa vida. Hoje vamos tentar nos abrir à reconciliação, seja perdoando aquela pessoa que nos feriu, seja perdoando a nós mesmos, ou mesmo reconciliando-se com aquele fato que a vida nos fez passar e que nos feriu. “Reconciliar”. Esta é a palavra do dia.
− Reza-se a oração “Jesus, manso e humilde de Coração”, do Pe. Chevalier.
− Em seguida, reza-se:
D. Jesus, manso e humilde de Coração,
T. fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Nono dia
D. Senhor Jesus, eis-nos aqui, diante do mistério do teu Coração. Queremos, neste momento descobrir, através da tua palavra, quem tu és e o que esperas de nós. Desse modo ao contemplarmos que sentimentos animavam o teu Coração ao longo de tua vida nesta terra, entenderemos que o teu modo de pensar, de sentir, de amar e de se comportar, são modelos que devemos seguir. Somente assim teremos vida e vida em abundância. Revela-nos tua face, Senhor, Tu, que és Deus que tem coração!
T. "Mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água. O que foi testemunha desse fato o atesta (e o seu testemunho é digno de fé, e ele sabe que diz a verdade), a fim de que vós creiais. Assim se cumpriu a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado (Ex 12,46). E diz em outra parte a Escritura: Olharão para aquele que transpassaram " (Jo 19,24-27)
D. Este evangelho é um dos oito textos possíveis para o Evangelho da Solenidade do Sagrado Coração. Os outros textos falam da “ovelha reencontrada”, do “filho pródigo” que retorna, a “moeda achada novamente”, entre outros. Todos são textos que têm como pano de fundo o amor e a misericórdia. Com essa mesma compreensão deveríamos nos aproximar do texto que acabamos de ouvir. À medida que nós contemplamos o Coração de Jesus aberto na cruz, nós descobrimos a força doadora de vida do seu amor. Essa história, que começou no Éden, é uma história de amor. Deus constantemente oferecendo vida plena à humanidade, e esta, sempre se desencaminhando. O que faz Deus? Se vinga? Castiga? Não. Sua resposta é amar mais. E mesmo depois de ter vindo à terra e não ter sido acolhido, mesmo pregado na cruz, Deus não deixa de amar. A cruz pode revelar o quão longe nós, seres humanos podemos ir: Somos capazes de torturar e matar! Mas a cruz nos revela, também, até onde o amor de Deus pode ir. Mesmo diante de tanta maldade, seus abraços e seu coração permanecem abertos a todos. E para os que acharam que aquele era o fim, a Ressurreição nos prova: o amor é mais forte até que a morte.
T: Senhor Jesus, nós te louvamos e celebramos o amor do teu coração. Hoje queremos te dar toda honra, glória e gratidão que pudermos. Bendita vida que prefere morrer a matar! Bendito Coração que se mantém aberto a todos! Bendito lado perfurado, que não é uma ferida, mas porta aberta ao Paraíso, que se abre a todos os que amam como tu amaste! Que possamos beber da tua fonte, Salvador nosso. Se bebermos de tua vida, se tentarmos te imitar, cremos que de nosso peito jorrarão rios de água viva, que levarão a salvação a todos, eternamente e por toda parte. Põe teu Coração em nós, que tua vida se confunda com a nossa, que teu Reino venha através de nós. Amém.
D. Hoje agradeçamos ao Senhor por todas as pessoas nesta vida por quem nós nos sentimos amados. Mesmo com suas contradições e imperfeições, foram elas que nos ensinaram a amar. Deixemos hoje que o exemplo delas nos inspire a amar a todos, não apenas quem pensa ou se comporta como nós. Amar primeiro e sem esperar ser amado e respeitado em troca. “Amar”. Esta é a palavra do dia (e da vida).
− Reza-se a oração “Jesus, manso e humilde de Coração”, do Pe. Chevalier.
− Em seguida, reza-se:
D. Jesus, manso e humilde de Coração,
T. fazei o nosso coração semelhante ao vosso!